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3 lindos poemas para o Dia dos Pais para ler e se comover

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Confira a nossa seleção de poemas para o Dia dos Pais e deixe-se comover com esses lindos poemas!

O Dia dos Pais é uma data comemorativa que, homenageando todos os pais, foi criada com o intuito de fortalecer os laços familiares.

Embora seja comemorado em datas diferentes ao redor do mundo, o Dia dos Pais está, já há mais de um século, entranhado na tradição ocidental.

É sempre bonito esse tipo de homenagem e, ainda que não valorizemos a data em si, o momento de confraternização que ela gera é sempre prazeroso e proveitoso para nossas vidas.

Se você entrou nesse artigo buscando um poema sobre os pais ou um poema para o Dia dos Pais, esteja tranquilo (a), pois preparamos uma lista com alguns lindos poemas sobre essa temática, para que você possa utilizar para homenagear o seu pai ou, quem sabe, utilizar de inspiração para criar seu próprio poema.

Aproveite!

Poemas para o Dia dos Pais

Pai, a minha Sombra és tu, de Jorge Reis-Sá

a cadeira está vazia, um corpo ausente
não aquece a madeira que lhe dá forma

e não ouço o recado que me quiseste dar
nem a tua voz forte que grita meninos
na hora de acordar
ouço o teu abraço, no corredor em gaia
e os olhos molhados pela inusitada despedida

o sol foge
mas o crepúsculo desenha a sombra que
tenho colada aos pés
ou o espelho, coberto com a tua face

pai, digo-te
a minha sombra és tu

As mãos do meu pai, de Mário Quintana

As tuas mãos têm grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos…

Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas…

Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.

E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas…
essa chama de vida — que transcende a própria vida…
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma…

Meu pai, o que é a liberdade?, de Moacyr Félix

– Meu pai, o que é a liberdade?

– É o seu rosto, meu filho,
o seu jeito de indagar
o mundo a pedir guarida
no brilho do seu olhar.
A liberdade, meu filho,
é o próprio rosto da vida
que a vida quis desvendar.
É sua irmã numa escada
iniciada há milênios
em direção ao amor,
seu corpo feito de nuvens
carne, sal, desejo, cálcio
e fundamentos de dor.
A liberdade, meu filho,
é o próprio rosto do amor.

– Meu pai, o que é a liberdade?

A mão limpa, o copo d’água
na mesa qual num altar
aberto ao homem que passa
com o vento verde do mar.
É o ato simples de amar
o amigo, o vinho, o silêncio
da mulher olhando a tarde
– laranja cortada ao meio,
tremor de barco que parte,
esto de crina sem freio.

– Meu pai, o que é a liberdade?

É um homem morto na cruz
por ele próprio plantada,
é a luz que sua morte expande
pontuda como uma espada.
É Cuauhtemoc a criar
sobre o brasileiro que o mata
uma rosa de ouro e prata
para altivez mexicana.
São quatro cavalos brancos
quatro bússolas de sangue
na praça de Vila Rica
e mais Felipe dos Santos
de pé a cuspir nos mantos
do medo que a morte indica.
É a blusa aberta do povo
bandeira branca atirada
jardim de estrelas de sangue
do céu de maio tombadas
dentro da noite goyesca.
É a guilhotina madura
cortando o espanto e o terror
sem cortar a luz e o canto
de uma lágrima de amor.
É a branca barba de Karl
a se misturar com a neve
de Londres fria e sem lã,
seu coração sobre as fábricas
qual gigantesca maçã.
É Van Gogh e sua tortura
de viver num quarto em Arles
com o sol preso em sua pintura.
É o longo verso de Whitman
fornalha descomunal
cozendo o barro da Terra
para o tempo industrial.
É Federico em Granada.
É o homem morto na cruz
por ele próprio plantada
e a luz que sua morte expande
pontuda como uma espada.

– Meu pai, o que é a liberdade?

A liberdade, meu filho,
é coisa que assusta:
visão terrível (que luta!)
da vida contra o destino
traçado de ponta a ponta
como já contada conta
pelo som dos altos sinos.
É o homem amigo da morte
Por querer demais a vida
– a vida nunca podrida.
É sonho findo em desgraça
desta alma que, combalida,
deixou suas penas de graça
na grade em que foi ferida…
a liberdade, meu filho,
é a realidade do fogo
do meu rosto quando eu ardo
na imensa noite a buscar
a luz que pede guarida
nas trevas do meu olhar.

Conclusão

Ficamos por aqui!

Esperamos que tenha gostado de nossa seleção de poemas para o Dia dos Pais.

Se você curtiu esse conteúdo, não deixe de ver a nossa coletânea de poemas sobre a juventude.

Um abraço e até a próxima!

Como citar este conteúdo COMO FAZER UM POEMA. 3 lindos poemas para o Dia dos Pais para ler e se comover. [S.I.] 2021. Disponível em: https://comofazerumpoema.com/lindos-poemas-para-o-dia-dos-pais-poesia/. Acesso em: 25 out. 2024.