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Os 10 melhores poemas de Vinícius de Moraes! (comentados)

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Confira a nossa seleção com os melhores poemas de Vinícius de Moraes, esse popularíssimo poeta brasileiro!

Vinícius de Moraes (1913-1980), artista múltiplo, é uma das figuras mais populares da literatura brasileira.

Isso se deve, principalmente, ao fato de o poeta ser também um dos maiores compositores da música popular brasileira, sendo figura-chave no movimento conhecido como bossa nova, que mereceu reconhecimento mundial.

Assim, são muitos os versos de Vinícius que acabaram ganhando versões para a música e, até hoje, ecoam na voz dos melhores cantores brasileiros.

Contudo, o mérito da poesia de Vinícius de Moraes não se limita às suas adaptações e ela merece, também, ser apreciada como literatura.

Sendo assim, preparamos uma seleção com os 10 melhores poemas de Vinícius de Moraes para que você possa conhecer um pouco mais da obra deste poeta.

Faremos, também, alguns comentários sobre eles.

Boa leitura!

Poemas de Vinícius de Moraes

Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Abrimos nossa lista com este Soneto de fidelidade que, além de ser um dos melhores poemas de Vinícius de Moraes, é também um dos mais famosos.

Esse poema é muito representativo da obra de Vinícius de Moraes basicamente por dois motivos: primeiro, pela forma; segundo, pela temática.

Quanto à forma, trata-se de um soneto, uma das formas de composição preferidas do poeta, construído nos tradicionais decassílabos, com rimas numa disposição também tradicional.

Quanto ao conteúdo, este poema se enquadra naquela que seja, talvez, a temática preferida do poeta: o amor.

Como o título nos sugere, Soneto de fidelidade é um poema que faz como uma “jura de amor”.

O eu lírico, ao longo dos versos, expressa toda sua devoção e seu carinho pelo objeto de seu amor, afirmando que seu desejo é de que este sentimento perdure enquanto durar sua vida e que, embora tenha de acabar (porque tudo nesta vida acaba), “que seja infinito enquanto dure”.

São versos muito bonitos, cuja mensagem nos faz refletir sobre a transitoriedade da vida e nos comove pela beleza e potência do sentimento expresso.

Soneto de fidelidade na voz de Vinícius de Moraes

Soneto de contrição

Eu te amo, Maria, eu te amo tanto
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto.

Como a criança que vagueia o canto
Ante o mistério da amplidão suspensa
Meu coração é um vago de acalanto
Berçando versos de saudade imensa.

Não é maior o coração que a alma
Nem melhor a presença que a saudade
Só te amar é divino, e sentir calma…

E é uma calma tão feita de humildade
Que tão mais te soubesse pertencida
Menos seria eterno em tua vida.

Soneto de contrição é mais um exemplo da poesia lírico-amorosa de Vinícius de Moraes.

Assim como o poema anterior, é este um soneto construído em decassílabos rimados, metro que muito agradava o poeta.

Também como Soneto de fidelidade, são estes versos de um eu lírico que se declara, destacando a potência de seu sentimento.

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Este poema é interessante por alguns motivos: primeiramente, porque vai direcionado a uma pessoa identificada, nomeada Maria (é raro que tal ocorra da poesia de Vinícius de Moraes).

Em segundo lugar, interessa a própria abordagem do poema que, aqui, relata o efeito opressivo e dominante que tem o amor sobre o eu lírico, chegando a doer fisicamente “como em doença”.

Após sugerir que quanto mais sofre, mais ama, o eu lírico compara o próprio coração a uma criança que canta diante do mistério do mundo e diz que a música de seus versos é impregnada de uma saudade imensa.

O soneto é finalizado com uma bela mensagem que sugere o efeito final do amor ser a calma e a humildade, tão maiores quanto maior a distância, a “não apropriação” da amada.

Quer dizer: o eu lírico diz preferir a saudade que a presença, pois aquela é mais forte e alimenta mais fortemente o seu amor, que é aquilo que lhe dá calma.

Ternura

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma…
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar
extático da aurora.

Ternura é outro dos melhores poemas de Vinícius de Moraes e mais um a abordar a temática do amor.

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Pela forma, contudo, este poema diferencia-se dos poemas anteriores, visto que não é um soneto, não rima e nem utiliza métrica regular.

Ternura é construído em versos livres e, assim como Soneto de contrição, associa o amor a um sentimento de calma e sossego.

Diferentemente do poema anterior, porém, aqui não temos os traços selvagens e dolorosos deste sentimento, que é retratado somente com doçura e suavidade.

Aliás, esta abordagem é bem a que o título Ternura sugere e, após desculpar-se por “amar de repente” e não conseguir controlar aquilo que sente, o eu lírico diz que seu amor não “traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas”, e só exige da amada que “repouses quieta”.

Trata-se de um amor, portanto, pacífico e sereno, transbordante de ternura.

A rosa de Hiroxima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

A rosa de Hiroxima (por vezes grafado “A rosa de Hiroshima”) destaca-se, na obra de Vinícius de Moraes, tanto pela forma, quanto pelo conteúdo.

Em primeiro lugar, a forma: são versos despreocupados com a métrica (embora todos eles apresentem cinco ou seis sílabas poéticas); são versos que não rimam, e são versos dispostos numa única estrofe de extensão incomum (18 versos).

Já quanto ao conteúdo, vemos algo raro na obra do poeta: o tom adotado é irônico e provocativo, e os versos fazem uma dura crítica social.

A rosa de Hiroxima faz referência, como se percebe, à Segunda Guerra Mundial, mais especificamente às bombas atômicas que foram lançadas pelos EUA nas cidades japonesas, matando milhares de civis inocentes.

O poeta retrata o horror da brutalidade destes atos e nos faz refletir sobre as consequências devastadoras e irreversíveis da guerra e do uso de armas nucleares.

Além de descrever seus efeitos imediatos, o eu lírico nos alerta para consequências futuras (“hereditárias”), isto é, quer ele nos lembrar que o que fizermos hoje impactará diretamente as gerações que ainda virão.

Versão musical de A rosa de Hiroxima, de Vinícius de Moraes

A uma mulher

Quando a madrugada entrou eu estendi o meu peito nu sobre o teu peito
Estavas trêmula e teu rosto pálido e tuas mãos frias
E a angústia do regresso morava já nos teus olhos.
Tive piedade do teu destino que era morrer no meu destino
Quis afastar por um segundo de ti o fardo da carne
Quis beijar-te num vago carinho agradecido.
Mas quando meus lábios tocaram teus lábios
Eu compreendi que a morte já estava no teu corpo
E que era preciso fugir para não perder o único instante
Em que foste realmente a ausência de sofrimento
Em que realmente foste a serenidade.

A uma mulher é outro que está entre os melhores poemas de Vinícius de Moraes, principalmente por afastar-se daquilo que poderíamos esperar.

Esta composição aborda, como outras desta lista, a temática amorosa; porém, o faz de uma maneira inteiramente distinta.

Aqui, a “mulher” a quem o eu lírico se destina não está a inspirá-lo sentimentos amorosos serenos ou violentos: está, isto sim, a enchê-lo de compaixão.

É uma cena triste: são versos que narram uma iminente separação. O eu lírico, percebendo-o, ainda como tenta agradecê-la carinhosamente pelo que viveram juntos; mas conclui ser inútil.

Experimentamos, pois, uma reflexão sobre a efemeridade de nossos momentos felizes e tomamos, através do poema, consciência da finitude de tudo.

Diferentemente da maioria dos poemas de Vinícius de Moraes, A uma mulher possui um fim melancólico. É, como alguns outros, construído em versos livres e disposto numa única estrofe.

Soneto do amor total

Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Em Soneto do amor total, voltamos à forma fixa preferida de Vinícius de Moraes: o soneto.

Para além do uso de decassílabos rimados, é este um soneto construído com estrofação, disposição de rimas e ritmo clássicos.

Este poema data de 1951, época de maturidade artística do poeta, e resume, como já dissemos aqui em outra ocasião, uma declaração de amor extremada.

Há nestes versos um uso interessante de recursos estilísticos, como a aliteração, que dotam-no de musicalidade acentuada.

A intenção do poema, como sugerida pelo título (“amor total”), é expressar toda a intensidade de um amor absoluto e fatal experimentado pelo eu lírico.

A expressão desta intensidade pode ser notada, por exemplo, pela repetição insistente de “amo-te” ao longo do poema; tal verbo fica como que se repetindo em nossa cabeça, como se o eu lírico estivesse declamando-o pessoalmente, a convencer da força pela repetição.

Soneto do amor total na voz de Vinícius de Moraes

Poema de Natal

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos –
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos –
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.

Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai –
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte –
De repente nunca mais esperaremos…
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Poema de Natal é uma composição única na obra de Vinícius de Moraes.

Quanto à forma, o poema apresenta 28 versos divididos em quatro estrofes regulares; não há uso de métrica, nem de rima.

É interessante notar que o título nos engana; pois, quando lemos “Poema de Natal”, pensamos na tradicional celebração do nascimento de Jesus, comemorada em 25 de dezembro.

Não é, pois, do que se trata o poema, que encerra uma profunda reflexão filosófica sobre a transitoriedade de nossa existência enquanto seres humanos.

Dispensando efeitos melódicos rebuscados, o poema nos guia pelas quatro estrofes como que em passada lenta e calma, fazendo-nos refletir sobre a fugacidade dos momentos que experimentamos e concluindo que devemos, pois, “falar baixo, pisar leve, ver a noite e dormir em silêncio”, ou seja, viver cautelosamente, não agir com afobação e contemplar, em silêncio, o que há de belo em nossa rápida existência.

A última estrofe é muito bonita e sugere que justamente a morte pode nos servir como justificativa para que valorizemos a vida; experimentamos, ao percebê-lo, uma sensação de “renascimento”, e por isso o título Poema de Natal.

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica…

Soneto do amigo é um poema que data de 1946 e consta ter sido escrito em Los Angeles.

Esta é outra composição em decassílabos rimados na forma fixa que tanto agradava Vinícius de Moraes.

Destacamos este poema por abordar a amizade sob a perspectiva do reencontro, isto é, o poema diz sobre amigos que, após um tempo separados, reencontram-se e descobrem que a velha amizade permanece.

O poema é comovente pela simplicidade da forma e do sentimento; a maioria de nós, esperamos, sabe muito bem o que é reencontrar uma velha amizade.

O último terceto, ao dizer do amigo “um ser que a vida não explica” e que, segundo o eu lírico, multiplica-lhe o “espelho da alma” diz, com esta bela imagem poética, o que sentimos a respeito de um amigo verdadeiro: uma afinidade profundíssima, tão profunda que ele parece-nos ser, intimamente, um “espelho” de nós mesmos.

Poema dos olhos da amada

Ó minha amada
Que olhos os teus
São cais noturnos
Cheios de adeus
São docas mansas
Trilhando luzes
Que brilham longe
Longe nos breus…

Ó minha amada
Que olhos os teus
Quanto mistério
Nos olhos teus
Quantos saveiros
Quantos navios
Quantos naufrágios
Nos olhos teus…

Ó minha amada
Que olhos os teus
Se Deus houvera
Fizera-os Deus
Pois não os fizera
Quem não soubera
Que há muitas eras
Nos olhos teus.

Ah, minha amada
De olhos ateus
Cria a esperança
Nos olhos meus
De verem um dia
O olhar mendigo
Da poesia
Nos olhos teus.

Poema dos olhos da amada é uma composição interessante e parece, quando olhamos rapidamente, enquadrar-se numa forma fixa medieval.

Não é, contudo, o que ocorre: quanto à forma, trata-se de um poema de 32 versos divididos em quatro oitavas (estrofe de oito versos), todas elas começadas em “Ó minha amada”, exceção feita à última estrofe, iniciada em “Ah, minha amada”.

O poema vale-se de rima e, embora apresente alguma irregularidade na disposição, o segundo, quarto e oitavo verso de todas as estrofes terminam com a mesma rima (“-eus”), sendo, inclusive, o mesmo verso em três das quatro estrofes (com uma ligeira diferença na pontuação de uma delas).

Isso, naturalmente, confere uma sonoridade particular ao poema, reforçada pela repetição, especialmente, de “olhos” e “teus”, que soam-nos como uma ideia fixa.

Quanto ao sentido, como o título sugere, o poema versa sobre os olhos da amada ou, melhor dizendo, toma os olhos como representação da amada e descreve-os em adoração.

Este poema, apesar de não se enquadrar perfeitamente na métrica, faz um movimento interessante e é belo pela sugestiva evocação de imagens a partir dos olhos da mulher que o eu lírico ama, trazendo à tona sentimentos, memórias, experiências estéticas e transcendentes e mesmo a figura divina — havendo-a ou não.

Versão musical de Poema dos olhos da amada, de Vinícius de Moraes

Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Para fechar nossa lista com os melhores poemas de Vinícius de Moraes, elencamos este Soneto de separação que é mais uma composição comovente do poeta.

Datado de setembro de 1938, consta que este poema foi escrito a bordo do navio Highland Patriot (que viria a afundar na Segunda Guerra Mundial), em pleno Oceano Atlântico, rumo à Inglaterra.

Este soneto é, também, construído em decassílabos rimados; mas, diferente dos anteriores, varia as rimas entre as quadras, não se enquadrando no padrão italiano clássico.

O poema trabalha de maneira interessante os efeitos emocionais de separações repentinas, mostrando como, quando ocorrem, vamos do “riso” ao “pranto”, e experimentamos uma drástica mudança em nossas vidas.

Soneto de separação é, como outras composições de Vinícius de Moraes, um poema que nos faz refletir sobre a transitoriedade da vida e os impactos desta permanente impermanência de tudo em nossas existências individuais.

Sobre Vinícius de Moraes

Vinícius de Moraes nasceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913, filho de um pai funcionário público e poeta, e de uma mãe poetisa.

Apelidado carinhosamente de “poetinha”, Vinícius de Moraes teve atuação destacada, além de como poeta, como compositor, dramaturgo e diplomata.

Na música, esteve ele ao lado de figuras importantíssimas, podendo ser considerado, junto a Tom Jobim e João Gilberto, o epicentro do movimento que ficou mundialmente conhecido como bossa nova.

Sua canção Chega de saudade, que contou com arranjos de Tom Jobim, é considerada um marco na música popular brasileira que, regravada na voz de inúmeros artistas, foi considerada pela revista americana Rolling Stone a sexta melhor canção brasileira de todos os tempos.

No teatro, Vinícius de Moraes destacou-se com a peça Orfeu da Conceição (1956), e sua poesia costuma ser enquadrada na segunda fase do modernismo brasileiro, apresentando de forma acentuada temáticas lírico-amorosas, como vemos no Soneto de fidelidade.

Além de reconhecido nacionalmente por sua obra artística, Vinícius de Moraes ficou também famoso por sua vida pessoal bastante agitada: o “poetinha”, tido como um grande conquistador, casou-se nove vezes e deixou cinco filhos, vindo a falecer em 9 de julho de 1980.

Obras poéticas de Vinícius de Moraes

  • O caminho para a distância (1933)
  • Forma e exegese (1935)
  • Ariana, a mulher (1936)
  • Novos poemas (1938)
  • Cinco elegias (1943)
  • Poemas, sonetos e baladas (1946)
  • Pátria minha (1949)
  • Antologia poética (1954)
  • Livro de sonetos (1957)
  • Novos poemas II (1959)
  • O mergulhador (1968)
  • A arca de Noé (1970)
  • Poemas esparsos (2008)

Conclusão

Ficamos por aqui!

Esperamos que você tenha gostado de nossa seleção de poemas de Vinícius de Moraes.

Se você curtiu esse conteúdo, não deixe de ver o que escrevemos sobre Acrobata da dor, de Cruz e Sousa.

Um abraço e até a próxima!

Como citar este conteúdo COMO FAZER UM POEMA. Os 10 melhores poemas de Vinícius de Moraes! (comentados). [S.I.] 2023. Disponível em: https://comofazerumpoema.com/melhores-poemas-de-vinicius-de-moraes-poesia/. Acesso em: 9 mai. 2024.